Identidade
Preciso ser um outro
Para ser eu mesmo
Sou grão de rocha
Sou o vento que a desgasta
Sou o vento que a desgasta
Sou pólen sem insecto
Sou areia sustentando
O sexo das árvores
O sexo das árvores
Existo onde me desconheço
Aguardando pelo meu passado
ansiando a esperança do futuro
ansiando a esperança do futuro
No mundo que combato
Morro
No mundo por que luto
Nasço
Morro
No mundo por que luto
Nasço
Mia Couto
2 comentários:
Belo poema, mesmo.
Cumprimentos.
Este poema é de Mia Couto poeta africana...é lindíssimo.
beijinhos
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